NOTAS PARA UMA POSSÍVEL DESCOLONIZAÇÃO DA LINGUÍSTICA APLICADA NO SUL GLOBAL:
TENSÕES ANALÍTICO-METODOLÓGICAS
Palavras-chave:
linguística decolonial; ontologia da linguagem; invenção de línguas; sociologia da linguagem; práticas linguísticas; Sul global.Resumo
Neste trabalho, ele oferece um quadro de análise em torno das regulações imputadas pela colonialidade linguística, que nada mais é do que um apelo crítico às dinâmicas de produção do conhecimento e ao tipo de desenhos de pesquisa sancionados pela linguística como domínio disciplinar, especialmente, pelas articulações realizado pela lingüística aplicada. É também uma 'crítica' da razão promovida pela linguística como objeto e campo de pesquisa. Nesse sentido, a colonialidade linguística não é apenas um processo de negação da palavra, mas também um conjunto de mecanismos existenciais de determinados grupos construídos fora da história. Ao castrar a língua, provoca-se o empobrecimento existencial e, consequentemente, da consciência. Tal processo atua ultrapassando a figuração ontológica derivada dos povos indígenas (reducionismo do multiculturalismo), ao contrário, amalgama uma heterogeneidade de grupos específicos que podem ser melhor representados através da noção de subalternidade (uma posição, nunca uma identidade). Nele convergem dois pontos de interesse: a) a colonização linguística por meio da subalternização e subjugação de certas figuras existenciais por meio do binômio raça/língua e b) a colonização da palavra concebida como processo de subjugação e uso da mesma para circular em as estruturas do sistema-mundo conhecido. Os processos de negação linguística habitam o registro da ética da incomensurabilidade, ou seja, afirmar que o objeto ou múltiplos objetos de composição do discurso são diferentes quanto às atribuições de sua pregação. O artigo conclui observando que as línguas e seus regimes metadiscursivos como as conhecemos, uma invenção estratégica de projetos imperiais/coloniais.Downloads
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