JUDITH E FLORBELA

POESIA E SUBVERSÃO FEMININA

Autores/as

  • Andreia de Lima Andrade Universidade Federal Rural de Pernambuco

Palabras clave:

Literatura de autoria feminina; Erotismo; Transgressão

Resumen

As escritoras do século XVIII e início do XX produziam com finalidades bem demarcadas, geralmente o desejo feminino e as paixões estavam fora da escrita destas mulheres. No entanto, no século XX, surge uma nova produção literária na Literatura Portuguesa de autoria feminina, ainda rechaçada pela sociedade, principalmente no que concerne à temática dos textos produzidos por estas autoras. Dentre elas estão Judith Teixeira e Florbela Espanca. A produção de obras de cariz erótico fez com que ficassem à margem do cânone literário, em sua época. Foram vistas como transgressoras por produzirem uma lírica que não se adequava ao modelo de escrita de autoria feminina imposto pela sociedade.  No caso específico de Judith Teixeira, segundo Dal Farra, foi “de toda a história da literatura portuguesa, a poetisa a ter sofrido, em vida, a mais feroz e persecutória sentença misógina – e isso em plena República laica e democrática em transição para o Estado Novo” (2010, p. 845). Assim sendo, objetivamos, neste artigo, mostrar o caráter subversivo da poética de Florbela Espanca e Judith Teixeira, expondo o porquê destas autoras terem sido perseguidas pela crítica em seu tempo. Para tanto, nos baseamos nos estudos de Silva (2014); Dal Farra (2010); Giavara (2015); dentre outros.

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Publicado

2023-10-30

Cómo citar

Andrade, A. de L. (2023). JUDITH E FLORBELA: POESIA E SUBVERSÃO FEMININA. Entheoria: Cadernos De Letras E Humanas, 10(2), 66–81. Recuperado a partir de https://journals.ufrpe.br/index.php/entheoria/article/view/6227