O Agronegócio do Neodesenvolvimentismo Agrário ou a Agroecologia Crítica? O Meio Ambiente para a Educação em Ciências sob a Perspectiva da Luta de Classes

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Palabras clave:

Meio ambiente e educação, Neodesenvolvimentismo agrário, Agroecologia crítica

Resumen

Este artigo advém de uma pesquisa de pós-doutorado intitulada “O agronegócio e seu rastro de mentiras e destruição: um estudo sobre trabalho-educação e ambiente na perspectiva da luta de classes”. Aqui tratamos da parte teórica-estrutural da pesquisa que fizemos entre março de 2020 e março de 2021, preparação para um trabalho de campo que teria como foco: analisar a expansão do território do agronegócio brasileiro. Refletimos uma política econômica-agrária (e consequentemente ambiental) que vem sendo construída no Brasil desde os momentos finais do século XX, em que, até contrariando o conceito de desenvolvimentismo, vem indicando um processo de reprimarização à economia brasileira. Refletimos sobre as consequências ambientais impostas por esse novo tipo de “desenvolvimentismo” e tangenciamos suas implicações educacionais. Procuramos fazer isso sob a perspectiva teórica de uma Educação Ambiental Crítica que pressupõe fazer a análise sob a perspectiva da luta de classes e sob o pressuposto que o sistema capitalista é estruturalmente responsável pela degradação ambiental. A proposta também foi entregar à Educação em Ciências um estudo que demonstrasse a inevitabilidade da dimensão política para a construção do conhecimento, no caso, que considerasse os diferentes interesses em questão dentro de um conflito socioambiental.

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Biografía del autor/a

Alexandre Maia do Bomfim, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

IFRJ

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Publicado

2023-12-19

Cómo citar

Maia do Bomfim, A. (2023). O Agronegócio do Neodesenvolvimentismo Agrário ou a Agroecologia Crítica? O Meio Ambiente para a Educação em Ciências sob a Perspectiva da Luta de Classes. Mandacaru: Revista De Ensino De Ciências E Matemática, 3(1), 7–21. Recuperado a partir de https://journals.ufrpe.br/index.php/mandacaru/article/view/6544