Aplicativos Móveis no Ensino de Biologia: uma análise de potencial didático

Autores

Palavras-chave:

TICs, Ensino e aprendizagem, Mobile Learning

Resumo

Em uma era de avanços tecnológicos os dispositivos móveis vêm causando significativas mudanças no cenário do ensino, possibilitando trabalhar de forma inovadora no processo de construção do conhecimento. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo fazer o levantamento, a categorização e a análise qualiquantitativa das características educacionais e funcionais dos aplicativos móveis destinados ao sistema Android, disponíveis na plataforma de distribuição de aplicativos (Play Store®). Foi construído uma grade de análise de maneira a se fazer uma triagem dos aplicativos disponíveis. Os dados coletados foram organizados em um banco, processados em software estatístico e organizados em gráficos. Foram identificados 182 apps educacionais disponíveis na plataforma, dos quais apenas 40 atenderam os parâmetros utilizados para seleção: serem gratuitos, em língua portuguesa, contendo no mínimo textos e imagens relacionadas a temáticas da Biologia. Os resultados obtidos indicam que grande parcela dos aplicativos avaliados apresenta material de consulta, o que leva a pensar que eles provavelmente são utilizados como suporte às aulas presenciais, abrindo possibilidade de continuidade aos tópicos abordados. Assim, entendemos que ainda não parece haver demandas para o uso dos aplicativos como instrumento principal de construção de conhecimento nas aulas de ciências, para os falantes de língua portuguesa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mateus de Jesus Santos, Universidade Federal de Sergipe

UFS

Alice Alexandre Pagan, Universidade Federal do Mato Grosso

UFMT

Referências

Alcântara, N., & Moraes Filho, A. (2015). Elaboração e utilização de um aplicativo como ferramenta no ensino de bioquímica: carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos. Revista de Ensino de Bioquímica, 13(3), 54 - 72. doi: https://doi.org/10.16923/reb.v%vi%i.560

ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações. (2019, junho). Brasil registra 228,39 milhões de linhas móveis em operação em junho. Recuperado de https://www.anatel.gov.br/institucional/noticias-destaque/2338-brasil-registra-228-39-milhoes-de-linhas-moveis-em-operacao-em-junho-de-2019

Badzinski, C., & Hermel, E. do E. S.. (2015). A REPRESENTAÇÃO DA GENÉTICA E DA EVOLUÇÃO ATRAVÉS DE IMAGENS UTILIZADAS EM LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA. Ensaio Pesquisa Em Educação Em Ciências (belo Horizonte), 17(2), 434–454. https://doi.org/10.1590/1983-21172015170208

Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, [editor]. (2018). Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras: TIC educação 2017 [livro eletrônico]. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil. (3,700 Kb ; PDF). Recuperado de https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/tic_edu_2017_livro_eletronico.pdf

Sousa Rodrigues, C. F., Lima, F. J. C., & Barbosa, F. T. (2017). Importância do uso adequado da estatística básica nas pesquisas clínicas. Brazilian Journal of Anesthesiology, 67(6), 619-625.

Earnshaw, R. A., Robison, D., & Excell, P. S. (2011). From E-Learning to M-Learning - the use of Mixed Reality Games as a new Educational Paradigm. International Journal of Interactive Mobile Technologies (iJIM), 5, 17-25.

Fonseca, A. G. M. F. (2013). Aprendizagem, mobilidade e convergência: Mobile Learning com celulares e smartphones. Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação em Mídia e Cotidiano, Niterói, (2), 163-181.

Garcia, A. S., Lencini, C. A., & Cerveira, M. L. (2004). Um estudo sobre a utilização de tecnologias móveis e sem fio em sala de aula pelos alunos de mestrado. Revista Cesuca Virtual: Conhecimentos Sem Fronteiras, 2(1), dezembro 2013. Recuperado de http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/cesucavirtual/article/view/582/358

Günther, H. (2006). Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22(2), 201-209. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-37722006000200010

Hartmann, A. C., Dutra, P., & do Espirito Santo, E. (2017). Possibilidades didáticas para o uso de aplicativos móveis no ensino de biologia celular na educação básica. In IV Congresso Internacional de Educação Científica e Tecnológica–IV CIECITEC, Santo Ângelo–RS.

Heck, C. M., & Hermel, E. E. S. (2013). A célula em imagens: uma análise dos livros didáticos de Ciências do Ensino Fundamental. Encontro Regional de Ensino de Biologia, 6, Santo Ângelo-RS.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2018). PNAD Contínua TIC 2016: 94,2% das pessoas que utilizaram a Internet o fizeram para trocar mensagens. Recuperado de https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agenciade-noticias/releases/20073-pnad-continua-tic-2016-94-2-das-pessoas-que-utilizaram-a-internet-o-fizeram-para-trocar-mensagens

Kerckhove, D. (2009). A pele da cultura: investigando a nova realidade eletrônica. São Paulo: Annablume.

Lehner, F., & Nosekabel, H. (2002). The role of mobile devices in e-learning: first experiences with a wireless-learning environment. Paper presented at the IEEE International Workshop on Wireless and Mobile Technologies in Education, Vaxjo, Sweden.

Lehner, F., & Nosekabel, H. (2002) The role of mobile devices in e-learning: firt experiences with a wireless – learning environment. Paper presented at IEEE international Workshop on wireless and Mobile Technologies in Education. Vaxjo, Sweden.

Lopes, L. A., & Lopes, P. T. C. (2017). Explorando o Pokémon GO como modelo para o ensino de Biologia. Acta Scientiae, 19(3), 517-529.

Malafaia, G., et al. (2010). Análise das concepções e opiniões de discentes sobre o ensino da Biologia. Revista Eletrônica de Educação, 4(2), 165-182. Recuperado de http://www.reveduc.ufscar.br

Martinho, T., & Pombo, L. (2009). Potencialidades das TIC no ensino das Ciências Naturais – um estudo de caso. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 8(2).

Masetto, M. T. (2010). Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In J. M. Moran, M. T. Masetto, & M. A. Behrens (Eds.), Novas tecnologias e mediação pedagógica (17ª ed., pp. 133-173). Campinas, SP: Papirus.

Moura, A. M. C. (2010). Apropriação do telemóvel como ferramenta de mediação em mobile learning estudo de caso em contexto educativo. (Tese de doutorado). Instituto de Educação, Universidade do Minho, Braga – Portugal.

Nichele, A. G., & Schlemmer, E. (2014). Aplicativos para o ensino e aprendizagem de Química. Renote - Revista Novas Tecnologias na Educação, 12(2), 1-9.

Nichele, A. G. (2015). Tecnologias móveis e sem fio nos processos de ensino e de aprendizagem em química: uma experiência no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. (Tese de doutorado). Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo. Recuperado de http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/3754/Aline%20Grunewald%20Nichele.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Brighente, M. F., & Mesquita, P. (2016). Paulo Freire: da denúncia da educação bancária ao anúncio de uma pedagogia libertadora. Pró-Posições, 27(1), 155-177.

Pais, L. C. (2010). Educação escolar e as tecnologias da informática. Belo Horizonte: Editora Autêntica.

Paula, B. H., & Valente, J. A. (2016). Jogos digitais e educação: uma possibilidade de mudança da abordagem pedagógica no ensino formal. Revista Ibero-Americana de Educação, 70(1), 9-28.

Razera, J. C. C., Batista, R. M. S., & Santos, R. P. (2007). Informática no ensino de biologia: limites e possibilidades de uma experiência sob a perspectiva dos estudantes. Experiências em Ensino de Ciências, 2(3), 81-96.

Rolo, R., & Bidarra, J. (2011). Jogos e aplicações multimédia em educação musical. In P. Dias & A. Osório (Eds.), Atas da VII Conferência Internacional de TIC na Educação – Challenge (pp. 313-321). Braga: Centro de Competência da Universidade do Minho.

Sartori, A. S., Hung, E. S., & Moreira, P. J. (2016). Uso das TICs como ferramentas de ensino e aprendizagem. Contexto e Educação, (98), 135-152.

Sasseron, L. H., & Carvalho, A. M. P. (2011). Alfabetização Científica: Uma Revisão Bibliográfica. Investigação em Ensino de Ciências, 16(1), 59-77.

UNESCO. (2013). Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel. Paris: Organização das Nações Unidas Para A Educação, A Ciência e A Cultura (UNESCO). Recuperado de http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002277/227770por.pdf

Vasconcelos, S. D., & Souto, E. (2003). O livro didático de Ciências no Ensino Fundamental: Proposta de critérios para análise do conteúdo zoológico. Ciência e Educação, 9(1), 93-104. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n1/08.pdf

Viana, C. E., & Bertocchi, S. (2009). Pelo celular... lá na escola! Mobilidade e convergências nos projetos pedagógicos.

Downloads

Publicado

2023-12-19

Como Citar

de Jesus Santos, M., & Alexandre Pagan, A. (2023). Aplicativos Móveis no Ensino de Biologia: uma análise de potencial didático. Mandacaru: Revista De Ensino De Ciências E Matemática, 3(1), 142–160. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/mandacaru/article/view/6553