Avaliação clínica de linfonodos superficiais de pequenos ruminantes criados no estado de Sergipe, Brasil

Autores

  • Huber Rizzo Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
  • Jeferson Silva Carvalho Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
  • Nilton Souza Santos Júnior Médico veterinário autônomo, Aracaju-SE, Brasil
  • Taile Katiele Souza Jesus Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
  • Carlos Milton Mendonça Tourinho Júnior Médico veterinário autônomo, Aracaju-SE, Brasil
  • Demetro Dantas Reis AgroNordeste Agricultura e Veterinária, Cícero Dantas-BA, Brasil.
  • Fábio Franco Almeida Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró-RN, Brasil.
  • Marcos Vinícius Ferreira Magalhães Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão-SE, Brasil.
  • Cícero Estrela Farias Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão-SE, Brasil.
  • Ramón Andrade Coelho Animal Pat Lab Exames Laboratoriais Veterinários, Aracaju-SE, Brasil.
  • Tatiane Rodrigues Silva Universidade Federal da Campina Grande, Patos-PB, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.26605/medvet-n1-1595

Palavras-chave:

abscesso, Corynebacterium pseudotuberculosis, linfadenite caseosa.

Resumo

O objetivo do estudo foi determinar a ocorrência e distribuição topográfica de linfonodos superficiais com alterações clínicas (hiperplasias, abscessos e/ou feridas em processo de cicatrização), sugestivas de Linfadenite Caseosa (LC), em pequenos ruminantes criados no estado de Sergipe. Entre os anos de 2011 e 2014, foram realizados exames clínicos de 1.908 pequenos ruminantes de 101 propriedades, inspeção e palpação de linfonodos superficiais, além do isolamento bacteriano de vinte amostras de secreções extraídas dos abscessos intactos. A ocorrência de animais com alterações macroscópicas em linfonodos superficiais foi de 7,18% (137/1908), sendo 5,19% (64/1.231) em ovinos e 10,8% (73/677) nos caprinos (p<0,001), acometendo 172 linfonodos. Dentre eles, 33,72% (58) eram o préescapular, 27,34% (47) submandibular, 15,11% (26) retromamário, 10,46% (18) pré-crural, 5,81% (10) parotídeo, 4,07% (7) retrofaríngeo, 1,16% (2) cervical profundo médio e caudal e 0,58% (1) cervical cranial e poplíteo. As regiões do tronco e posterior do corpo foram as que concentraram maior número de linfonodos alterados. Todas as amostras submetidas ao isolamento apresentaram crescimento de Corynebacterium pseudotuberculosis. A presença de animais, com sinais clínicos de LC, atenta para a necessidade da adoção de medidas profiláticas para controle da doença nos rebanhos sergipanos.

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Referências

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Publicado

05-09-2017

Como Citar

Rizzo, H., Carvalho, J. S., Santos Júnior, N. S., Jesus, T. K. S., Tourinho Júnior, C. M. M., Reis, D. D., Almeida, F. F., Magalhães, M. V. F., Farias, C. E., Coelho, R. A., & Silva, T. R. (2017). Avaliação clínica de linfonodos superficiais de pequenos ruminantes criados no estado de Sergipe, Brasil. Medicina Veterinária, 11(1), 18–28. https://doi.org/10.26605/medvet-n1-1595

Edição

Seção

Clínica e cirurgia de pequenos animais

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