Uso de metodologia ativa na formação de médicos veterinários residentes para atuação no Sistema Único de Saúde: potencialidades e fragilidades.
DOI:
https://doi.org/10.26605/medvet-v12n2-2361Palavras-chave:
residentes, Sistema Único de Saúde, metodologia, Saúde pública.Resumo
O Programa de Residência em Área Profissional da Saúde em Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural do Pernambuco tem como parte do objetivo capacitar residentes Médicos Veterinários por meio do treinamento em serviço para atuação na saúde pública, nas áreas de vigilância em saúde. Dessa forma, o presente estudo objetivou descrever o método utilizado na formação teórica e prática dos residentes, previamente à inserção dos mesmos no Sistema Único de Saúde (SUS), destacando suas potencialidades e fragilidades. Antes do início das atividades na Secretaria de Vigilância em Saúde e no Núcleo de Apoio à Saúde da Família, foram oferecidas duas disciplinas utilizando-se metodologias ativas: Políticas Públicas em Saúde e Integração Ensino Serviço Comunidade. Ao final de cada disciplina foi solicitado aos residentes aprovados (100% dos residentes matriculados) que relatassem suas opiniões sobre as mesmas, elencando as potencialidades e as fragilidades. As potencialidades mais relatadas foram: uso de metodologias ativas como Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e estudos de casos (77,8%), leitura de artigos e elaboração de resumos (27,8%) e esclarecimentos sobre a vigilância em saúde (22,2%). Em relação as fragilidades, os residentes relataram em maior porcentagem a leitura de muitos artigos em um único dia (61,1%), dificuldade em interpretar artigos com temas diferentes da área de atuação (22,2%) e muito tempo de vivência no SUS (16,7%). Conclui-se que a metodologia ativa apresenta pontos positivos e negativos, como relatado pelos residentes, porém o modelo favorece uma forma de ensino-aprendizagem necessária à implementação dos residentes médicos veterinários para atuação no SUS.Downloads
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