Conchectomia associada à Antimonium crudum e Echinacea angustifolia para tratamento de leishmaniose tegumentar em porquinho da índia: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.26605/medvet-v19n2-7442Palabras clave:
Leishmania (Mundinia) enrietti, Cavia porcellus, orelha, citologia, homeopatiaResumen
A leishmaniose, doença parasitária causada por protozoários do gênero Leishmania, também pode acometer os porquinhos-da-índia (Cavia porcellus). Nestes animais, a infecção ocorre por Leishmania (Mundinia) enriettii, espécie não zoonótica. Apesar da gama de estudos realizados desde sua primeira descrição em 1948, são poucos os relatos de tratamentos efetivos para a espécie. Assim, objetivou-se, com este trabalho, relatar um caso de leishmaniose tegumentar em um Cavia porcellus utilizando como terapia a conchectomia e uso de homeopáticos. O animal apresentava lesão nodular ulcerada na orelha esquerda e o exame citológico indicou a presença de amastigotas de Leishmania spp. O tratamento de suporte que normalmente é preconizado nestas situações não surtiu efeito. Assim, optou-se por realizar conchectomia, com uso analgésicos e antibioticoterapia no pós-operatório, como também dos homeopáticos Antimonium crudum 6CH e Echinacea angustifolia 6CH. O tratamento demonstrou eficácia na redução do sinal clínico e não houve recidivas após 8 meses do procedimento, momento no qual o animal teve morte súbita, por causa desconhecida (não foi realizada necrópsia).Descargas
Citas
Alves-Sobrinho, E.V. et al. Leishmania enriettii visceralises in the trachea, lungs, and spleen of Cavia porcellus. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 117: 1-10, 2022.
Becvar, T. et al. Development of Leishmania (Mundinia) in guinea pigs. Parasites & Vectors, 13(181): 2-6, 2020.
Bonamin, L.V. et al. Characterization of Antimonium crudum activity using solvatochromic dyes. Homeopathy, 109(2): 79-86, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria interministerial nº 1.426, de 11 de julho de 2008. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/pri1426_11_07_2008.html>. Acesso em: 07 jul. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar, 2017. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_leishmaniose_tegumentar.pdf>. Acesso em: 30 jan. 2025.
Bryceson, A.D.M.; Brayt, R.S.; Dumonde, D.C. Experimental cutaneous Leishmaniasis. IV. Selective suppression of cell-mediated immunity during the response of guinea-pigs to infection with Leishmania enriettii. Clinical and Experimental Immunology,16(2): 189-202, 1974.
Cotran, R.S.; Kumar, V.; Collins, T. Infectious diseases. In: Cotran, R.S.; Kumar, V.; Collins, T. Robbins pathologic basis of disease. 6th ed. Philadelphia: Saunders, 1999. p.391-392.
Dalla Rosa, L. et al. Cutaneous leishmaniasis in Cavia porcellus (guinea pig): case report. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 72(3): 744-748, 2020.
Ecco, R. et al. Leishmaniose cutânea em cobaias (Cavia porcellus). Ciência Rural, 30(3): 525-528, 2000.
Kwakye-Nuako, G.; Mosore, M.; Boakye, D.; Bates, P. Description, biology, and medical significance of Leishmania (Mundinia) chancei n. sp. (Kinetoplastea: Trypanosomatidae) from Ghana and Leishmania (Mundinia) procaviensis n. sp. (Kinetoplastea: Trypanosomatidae) from Namibia. Journal of Parasitology, 109(1): 43-50, 2023.
Lange, R.R.; Schmidt, E.M.S. Rodentia – Roedores Selvagens (Capivara, cutia, paca e ouriço). In: Cubas, Z.S; Silva, J.C.R.; Dias, J.L.C. Tratado de animais selvagens: medicina veterinária. 2ª ed. São Paulo: Editora Roca Ltda, 2014. p.2169-2237.
Muller-Jakic, B. et al. In vitro inhibition of cyclooxygenase and 5-lipoxygenase by alkamides from Echinacea and Achillea species. Planta Medica, 60(1): 37–40, 1994.
Muniz, J.; Medina, H. Leishmaniose tegumentar do cobaio (Leishmania enriettii sp.). Hospital, 3: 7-25, 1948.
Paraense, W.L. The spread of Leishmania enriettii through the body of the guinea-pigs. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, 47(6): 556-560, 1953.
Paranaíba, L.F. et al. Leishmania enriettii (Muniz & Medina, 1948): a highly diverse parasite is here to stay. PLoS Pathogens, 13(5): 1-5, 2017.
Ribeiro, C. et al. Outbreak of leishmaniasis caused by Leishmania enriettii in guinea pigs (Cavia porcellus). Pesquisa Veterinária Brasileira, 43: 1-5, 2023.
Santana, F.R. et al. Modulation of inflammation response to murine cutaneous Leishmaniasis by homeopathic medicines: Antimonium crudum 30cH. Homeopathy, 103(4): 264-274, 2014.
Steinmüller, C. et al. Polysaccharides isolated from plant cell cultures of Echinacea purpurea enhance the resistance of immunosuppressed mice against systemic infections with Candida albicans and Listeria monocytogenes. International Journal of Immunopharmacology, 15(5): 605-614, 1993.
Thomaz Soccol, V. et al. New isolation of Leishmania enriettii Muniz and Medina, 1948 in Parana state, Brazil, 50 years after the first description, and isoenzymatic polymorphism of the L. enriettii taxon. Annals of Tropical Medicine and Parasitology, 90(5): 491-495, 1996.
Thomaz Soccol, V. et al. Guinea pigs naturally infected by Leishmania enrietti: Clinical analyses, parasite isolation and identification. Brazilian Archives of Biology and Technology, 64: 1-13 2021.
Tragni, E. et al. Anti-inflammatory activity of Echinacea angustifolia fractions separated on the basis of molecular weight. Pharmacological Research Communications, 20(5): 87–90, 1988.
Vasconcelos, J.M. et al. Leishmaniose Tegumentar Americana: perfil epidemiológico, diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Análises Clínicas, 50(3): 221-227, 2018.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Nadine Moretti de Lima , Kamilla Bleil do Carmo, Laura Dametto Endele, Camila Pereira de Mendonça, Rayres Soares Gracia, Tainá Luana Vieira Lopes Zuchi
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
- A Revista de Medicina Veterinária permite que o autor retenha os direitos de publicação sem restrições, utilizando para tal a licença Creative Commons CC BY-NC-SA 4.0.
- De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
