Eficácia anti-helmíntica e desempenho em rebanho de matrizes ovinas na mesorregião leste do Rio Grande do Norte
DOI:
https://doi.org/10.26605/medvet-v13n2-3071Palavras-chave:
Helmintos gastrintestinais, ovelhas, resistência parasitária, teste de eficácia.Resumo
Objetivou-se avaliar a eficácia anti-helmíntica em rebanhos de matrizes ovinas na mesorregião leste do Rio Grande do Norte. Os animais foram distribuídos em cinco grupos com 12 ovelhas cada, sendo estes: cloridrato de levamisol (5mg/kg), closantel (10mg/kg), moxidectina (0,2mg/kg) e ivermectina (0,2mg/kg) e o grupo controle sem tratamento anti-helmíntico. Foram avaliadas as seguintes variáveis no dia zero e a cada sete dias após a administração dos anti-helmínticos: contagens de ovos por grama de fezes (OPG), calculado o percentual de eficácia, peso, ganho de peso, escore de condição corporal, e o grau de anemia. Observou-se diferença significativa na OPG dos animais, onde as maiores médias foram observadas no grupo tratado com ivermectina (7858,3±6880). A ivermectina (34,7%) apresentou-se com baixa eficácia anti-helmíntica em relação a moxidectina (93,3%), closantel (89,1%) e ao levamisol (89,4%). O peso final dos animais não foi alterado pelo uso dos anti-helmínticos, com média de 39,5 kg. As matrizes tratadas com ivermectina, levamisol e o grupo controle, apresentaram-se com o escore de condição corporal concentrados nos graus 2,5 e 3. Os graus de anemia ficaram dispostos entre 2 e 4, sendo que o grupo medicado com a ivermectina foi o que apresentou animais com uma maior dispersão nesse intervalo. A moxidectina mostrou-se eficiente na redução de nematoides gastrintestinais no rebanho estudado e pode ser indicado no controle desses parasitos.Downloads
Referências
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