Ocorrência de parasitos gastrintestinais em suínos de criações não tecnificadas da Região Metropolitana de Curitiba, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26605/medvet-v19n1-6745Palavras-chave:
Ascaris suum, coccídios, helmintos, parasitoses, pequenos produtoresResumo
Dentre as causas para as perdas na produtividade dos suínos é possível destacar a presença de parasitos gastrintestinais. Para elaborar um programa eficaz de controle deste problema, é necessário que haja informações sobre a ocorrência das espécies de parasitos nos locais de interesse. Por esse motivo, o objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de parasitos gastrintestinais de suínos em produções não tecnificadas da Região Metropolitana de Curitiba. Foram analisadas amostras de fezes de 280 suínos provenientes de 192 criações. Para as análises, foi realizado o teste qualitativo de sedimentação espontânea e a contagem de ovos por grama de fezes na câmara de McMaster. Além disso, os responsáveis pelos criatórios foram questionados sobre uso de anti-helmínticos e sobre a limpeza e higienização das instalações. No total, 91,1% das amostras examinadas foram positivas; as formas parasitárias mais encontradas foram ovos tipo estrongilídeo (66,8%), seguidos por ovos de Ascaris suum (47,1%) e oocistos de coccídios (46,1%); também estavam presentes cistos de Balantidium coli (16,8%), ovos de Trichuris suis (7,1%) e ovos de Strongyloides sp. (1,1%). A média geral de ovos, oocistos ou cistos por gramas de fezes foi 1.009,2±1.078,8 com um intervalo que variou de 25 a 12.175. Com relação aos questionamentos feitos aos criadores, 93,2% afirmaram fornecer antiparasitários aos suínos, 44,8% faziam a retirada dos dejetos diariamente e somente 13,3% disseram fazer a lavagem e desinfecção das instalações. Conclui-se que é alta a ocorrência de parasitos gastrintestinais em suínos de criações da Região Metropolitana de Curitiba, sendo esses animais acometidos tanto por helmintos, quanto por protozoários.Downloads
Referências
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