Desenvolvimento e implementação de um sistema de triagem para cães e gatos em um hospital veterinário
DOI:
https://doi.org/10.26605/medvet-v18n2-6317Palavras-chave:
atendimento emergencial, gravidade, sistema de classificação, urgênciaResumo
Sistemas de triagem para reconhecimento e classificação da gravidade dos quadros clínicos ainda não estão disponíveis para a área veterinária, de forma que os animais muitas vezes são atendidos de forma distinta, como por ordem de chegada ou por agendamento prévio. Diante da ausência de um sistema de triagem validado e reconhecido para reconhecimento e classificação dos atendimentos para cães e gatos, objetivou-se adaptar o Sistema de Triagem de Manchester (STM) para um hospital veterinário e avaliar seus benefícios quando da sua implementação. Participaram do estudo cerca de 553 animais e seus responsáveis e/ou tutores legais, sendo 275 na primeira fase e 278 na segunda fase. A espécie canina foi predominante no estudo (84,8%; n=469/553) e a idade média dos animais foi de 81,33 meses. O nível de prioridade mais selecionado foi o verde, seguido da categoria azul, amarelo, vermelho e laranja em ambas as fases. A superioridade do novo sistema de ordenação foi notória quando comparado ao sistema de ordenação intuitivo. O sistema de triagem desenvolvido e modificado proporcionou maior número de pacientes triados, melhor aceitação por parte dos tutores e/ou responsáveis legais e demonstrou maior clareza quanto ao estado de gravidade dos pacientes. Mais estudos são necessários para avaliar a eficiência e a eficácia dos sistemas de triagem na rotina veterinária, porém sua superioridade ao sistema de triagem intuitivo foi evidente.Downloads
Referências
Amthauer, C.; Cunha, M.L.C. Manchester triage system: main flowcharts, discriminators and outcomes of a pediatric emergency care. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 24: 1-7, 2016.
Azeredo, T.R.M. et al. Efficacy of the Manchester triage system: a systematic review. International Emerging Nursing, 23(2): 47-52, 2015.
Coutinho, A.A.P.; Cecílio, L.C.O.; Mota, J.A.C. Classificação de risco em serviços de emergência: uma discussão da literatura sobre o sistema de triagem de Manchester. Revista Médica de Minas Gerais, 22(2): 188-198, 2012.
Fitzgerald, G. et al. Emergency department triage revisited. Emergency Medicine Journal, 27(1): 86-92, 2009.
Iserson, K.V.; Moskop, J.C. Triage in medicine, part I: concept, history, and types. Annals of Emergency Medicine, 49(3): 275-281, 2007.
Kenedy, K. et al. Triage: techniques and applications in decisionmaking. Annals of Emergency Medicine, 28(2): 136-144, 1996.
King, L.G. et al. Serial estimation of survival prediction indices does not improve outcome prediction in critically ill dogs with naturally occurring disease. Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, 11(3): 183, 2001.
Mackway-Jones, K.; Marsden, J.; Windle, J. Emergency Triage: Manchester Triage Group. 3rd ed. Chichester, West Sussex: Wiley-Blackwell, 2013. v.3, 208p.
Martins, J.C.A. et al. Association between vital signs and Manchester triage system: a retrospective observational study. Online Brazilian Journal of Nursing, 16(4): 379-388, 2018.
Mathews, K. et al. Guidelines for recognition, assessment and treatment of pain. Journal of Small Animal Practice, 55: E10-E68, 2014.
R Core Team. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria, 2019. Available at: <https://www.R-project.org/>. Accessed on: 23 Apr. 2019.
Reid, J. et al. Definitive Glasgow acute pain scale for cats: validation and intervention level. Veterinary Record, 180(18): 449, 2017.
Ruys, L.J. et al. Evaluation of a veterinary triage list modified from a human five-point triage system in 485 dogs and cats. Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, 33(3): 303-312, 2012.
Sacoman, T.M. et al. Implantação do sistema de classificação de risco Manchester em uma rede municipal de urgência. Saúde Debate, 43(121): 354-367, 2019.
Souza, C.C. et al. Classificação de risco em pronto-socorro: concordância entre um protocolo institucional brasileiro e Manchester. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 19(1): 26-33, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Ana Claudia da Fonseca, Larissa Reis Braga, Felipe Gaia de Sousa, Eliane Gonçalves de Melo, Suzane Lilian Beier
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- A Revista de Medicina Veterinária permite que o autor retenha os direitos de publicação sem restrições, utilizando para tal a licença Creative Commons CC BY-NC-SA 4.0.
- De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.