Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas no município de Moreno-PE no período de 2012 a 2015

Autores

  • Raquel de Albuquerque Brasil Burity Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE, Brasil.
  • Juliana Siqueira Duarte Ribeiro Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE, Brasil.
  • Evelen da Silva Guimarães Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE, Brasil.
  • Jonathan Martins de Freitas Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE, Brasil.
  • Marciella Thais Dino de Freitas Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE, Brasil.
  • Gianniny Vignoly Pereira da Silva Lima Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE, Brasil.
  • José Wilton Pinheiro Júnior Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE, Brasil.
  • Daniel Friguglietti Brandespim Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.26605/medvet-v13n1-2609

Palavras-chave:

suicídio, medicamentos, vigilância epidemiológica, agrotóxico.

Resumo

Objetivou-se descrever as características do perfil epidemiológico das intoxicações exógenas, no Município de Moreno, Estado de Pernambuco, no período de 2012 a 2015. Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo descritivo, onde foram analisadas a faixa etária, sexo, tipo de agente tóxico, utilização de agrotóxicos e motivo de exposição dos indivíduos acometidos pelas intoxicações exógenas registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram notificados 109 casos de intoxicação exógena no período de 2012 a 2015, sendo as maiores frequências, encontradas em adultos (51,1%), e os principais agentes tóxicos corresponderam aos medicamentos (41,3%) e agrotóxicos agrícolas (12%). Em 94,5% dos casos, o agrotóxico utilizado não foi informado. Dos 109 casos de intoxicação exógena, 37 (33,9%) ocorreram pela tentativa de suicídio. Os dados analisados permitem concluir que o quantitativo de dados em branco, nas fichas de notificação dificulta o desenvolvimento de estratégias de prevenção das intoxicações pela Vigilância em Saúde, bem como a instituição de tratamentos específicos para os pacientes intoxicados pela Atenção Primária a Saúde.

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Dispõe sobre a pesquisa, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Legislação federal de agrotóxicos e afins. Diário Oficial da União. Secção 1: 887-888, 1990. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/ 1990/decreto-98816-11-janeiro-1990325361-norma-pe.html>. Acesso em: 10 dez. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Notificações segundo agente tóxico. Brasília (DF). 2011. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br>. Acesso em: 20 abr. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Secção 1: 23-24, 2016a. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. Acesso em: 10 dez. 2017.

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Publicado

09-09-2019

Como Citar

Burity, R. de A. B., Ribeiro, J. S. D., Guimarães, E. da S., Freitas, J. M. de, Freitas, M. T. D. de, Lima, G. V. P. da S., Pinheiro Júnior, J. W., & Brandespim, D. F. (2019). Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas no município de Moreno-PE no período de 2012 a 2015. Medicina Veterinária, 13(1), 49–56. https://doi.org/10.26605/medvet-v13n1-2609

Edição

Seção

Medicina Veterinária Preventiva

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