Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas no município de Moreno-PE no período de 2012 a 2015
DOI:
https://doi.org/10.26605/medvet-v13n1-2609Keywords:
suicídio, medicamentos, vigilância epidemiológica, agrotóxico.Abstract
Objetivou-se descrever as características do perfil epidemiológico das intoxicações exógenas, no Município de Moreno, Estado de Pernambuco, no período de 2012 a 2015. Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo descritivo, onde foram analisadas a faixa etária, sexo, tipo de agente tóxico, utilização de agrotóxicos e motivo de exposição dos indivíduos acometidos pelas intoxicações exógenas registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram notificados 109 casos de intoxicação exógena no período de 2012 a 2015, sendo as maiores frequências, encontradas em adultos (51,1%), e os principais agentes tóxicos corresponderam aos medicamentos (41,3%) e agrotóxicos agrícolas (12%). Em 94,5% dos casos, o agrotóxico utilizado não foi informado. Dos 109 casos de intoxicação exógena, 37 (33,9%) ocorreram pela tentativa de suicídio. Os dados analisados permitem concluir que o quantitativo de dados em branco, nas fichas de notificação dificulta o desenvolvimento de estratégias de prevenção das intoxicações pela Vigilância em Saúde, bem como a instituição de tratamentos específicos para os pacientes intoxicados pela Atenção Primária a Saúde.Downloads
References
Borges, A. Portugal 1997. Annual Report. Lisboa: Centro de Informação Antivenenos, Instituto Nacional de Emergência Médica, Ministério da Saúde, 1998. Burger, M. Informe de actividades año 1996. Montevideo: Centro de Información y Asesoramiento Toxicológico, 1997. BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Decreto n° 98.816, de 11 de janeiro de 1990. Regulamenta a Lei 7.802, de 11 de julho de 1989.
Dispõe sobre a pesquisa, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Legislação federal de agrotóxicos e afins. Diário Oficial da União. Secção 1: 887-888, 1990. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/ 1990/decreto-98816-11-janeiro-1990325361-norma-pe.html>. Acesso em: 10 dez. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Notificações segundo agente tóxico. Brasília (DF). 2011. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br>. Acesso em: 20 abr. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Secção 1: 23-24, 2016a. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. Acesso em: 10 dez. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Agrotóxicos na ótica do Sistema Único de Saúde. Brasília (DF), 2016b. Litovitz, T.L.; Schwartz, W.K.; Dyer, K.S.; Shannon, M.; Lee, S.; Powers, M. 1998 Annual Report of the American Association of Poison Control Centers Toxic Exposure Surveillance System. American Journal of Emergency Medicine, 16: 443-497, 1988.
Lourenço, J.; Furtado, B.M.A.; Cristine, B. Intoxicações exógenas em crianças atendidas em uma unidade de emergências pediátrica. Acta Paulista de Enfermagem, 208: 21(2):282-6, 2008.
Lovisi, G.V.M.; Santos, S.A.; Legay, L.; Lucia, L.; Abelha, L.; Valencia, E. Análise epidemiológica do suicídio no Brasil entre 1980 e 2006. Revista Brasileira de Psiquiatria. 31: 586-93, 2009.
Medeiros, M.N.C; Medeiros, M.C; Silva, M.B.A. Intoxicação aguda por agrotóxicos anticolinesterásicos na cidade do Recife, Pernambuco, 2007-2010. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 23(3): 509-518, 2014. PERNAMBUCO. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria-Executiva de Atenção à Saúde. Casos e mortes por chumbinho. Disponível em: <http://portal.saude.pe.gov.br/noticias/secreta ria-executiva-de-atencao-saude/ceatoxregistrou-8-mortes-por-chumbinho-em2015>. Acesso em 01 set. 2017.
Quiros-vega, D.; Salas-herrera, A.E.; Earle, Y.L. Informe anual de intoxicaciones de 1997. San José: Centro Nacional de Controle de Intoxicaciones de Costa Rica. 1998.
Rebelo, F.M., Heliodoro, V.O., Rebelo, R.M., Caldas, E.D. Intoxicação por agrotóxicos no Distrito Federal, Brasil, de 2004 a 2007 - Análise da notificação ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica. Ciência e Saúde Coletiva, 16(8): 3493-3502, 2011.
SINITOX. Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas. Dados nacionais de intoxicações. Brasília. 2015. Disponível em: <http://sinitox.icict.fiocruz.br/dadosnacionais> Acesso em: 20 abr. 2017. Schvartsman, C.; Schvartsman, S. Intoxicações exógenas agudas. Jornal de Pediatria, 75(2): 244-250, 1999.
Teixeira, J.R.B.; Ferraz, C.O.; Couto Filho, J.C.F.; Nery A.C.A.; Cezar, A. Intoxicações por agrotóxicos de uso agrícola em estados do Nordeste brasileiro, 1999-2009. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 23(3): 497-508, 2014.
Viana, G.N.; Zenkner, F.M.; Sakae, T.M.; Escobar, B.T. Prevalência de suicídio no Sul do Brasil, 2001-2005. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 57(1): 38-43, 2008.
Vieira, N.R.S.; Dantas, R.A.N.; Dantas, D.V.; Santos, J.J.S.; Vasconcelos, E.F.L.; Carvalho, I.C.T. Caracterização da produção científica sobre intoxicações exógenas: revisão integrativa da literatura. Ung on line, Revista Saúde, 10(1): 47-60, 2016.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Exposure to highly hazardous pesticides: a major public health concern. Geneva. 2010. Disponível em: <http://www.who.int/ipcs/features/hazardous _pesticides.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2017.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
A Revista de Medicina Veterinária permite que o autor retenha os direitos de publicação sem restrições, utilizando para tal a licença Creative Commons CC BY-NC-SA 4.0.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.