O Átomo é Visível? Detectável? Retratável? Uma Pesquisa sobre a Utilização e Concepção de Termos de Licenciandos das Ciências Naturais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53003/redequim.v10i1.4893

Palavras-chave:

Terminologia, Microscopia, Formação de professores, Polissemia

Resumo

A visibilidade ou invisibilidade do átomo não é algo de fácil discussão, seja em níveis instrumentais, com as técnicas e aparelhos para este fim, ou dentro da esfera terminológica, se relacionando com a definição das palavras e a discussão sobre o que é algo visível ou invisível. Essa discussão ocorre também em salas de aula por intermédio do professor, o qual nem sempre utiliza os termos de forma consoante com a literatura científica. Dados esses pontos, o presente trabalho teve como intuito compreender a utilização dos termos que futuros professores utilizam para descrever as propriedades do átomo, tal como analisar, de forma geral, o quão próximo ou distante os termos utilizados estão dos avanços científicos da microscopia de um átomo isolado. Ao final do trabalho, se percebeu que os termos utilizados pelos futuros professores de Ciências Naturais muitas vezes se distanciam dos avanços tecnológicos da microscopia, podendo servir como uma ferramenta que perpetua as concepções alternativas dos alunos sobre o átomo, o que pode prejudicar a compreensão dos alunos deste conceito, tão importante para as ciências.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Guilherme Manassés Pegoraro, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

.

Alessandro de Souza Mourato, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

.

Giovanni Miraveti Carriello, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

.

Giovanni Pimenta Mambrini, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

.

João Batista dos Santos Junior, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

.

Referências

Allen, Maria F. (2014). The Routledge Portuguese Bilingual Dictionary: Portuguese–English and English–Portuguese. Nova Iorque: Routledge.

Atkins, Peter, Jones, Loretta, & Laverman, Leroy. (2018). Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. Bookman Editora.

Auffray, Jean-Paul. (2001). O átomo. Lisboa: Instituto Piaget.

Barbosa, Maria A. (2010). Tradução e estudos interdisciplinares: A multiconceptualização do mundo. Revista Italiano UERJ, 1(1), 18.

Bell, Judith. (2016). Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em educação, saúde e ciências sociais. Porto Alegre: Artmed Editora.

Bettelheim, Frederick A.; Brown, William H.; Campbell, Mary K. & Farrel, Shawn O. (2012). Introdução à química geral, orgânica e bioquímica. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

Blanco, Rafael & Niaz, Mansoor. (1998). Baroque tower on a gothic base: A Lakatosian reconstruction of students' and teachers' understanding of structure of the atom. Science & Education, 7(4), 327-360.

Bohr, Niels. (1913). I. On the constitution of atoms and molecules. The London, Edinburgh, and Dublin Philosophical Magazine and Journal of Science, 26(151), 1-25.

Brady, James E., Jespersen, Neil D., & Senese, Frederick A. (2009). Chemistry: the study of matter and its changes. John Wiley & Sons.

Brown, Theodore L.; Lemay Jr., H.E.; Bursten, Bruce E. & Burdge, Julia.R. (2005). Química: a ciência central. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Burdge, Julia. (2011). Chemistry. New York: McGraw Hill, 2011.

Chang, Raymond. (2010). Chemistry. Boston: McGraw Hill, 2010.

Chassot, Attico. (1996). Sobre prováveis modelos de átomos. Química Nova na Escola, 3, 3-7.

Chen, Zhen, Jiang, Yi, Shao, Yu-Tsun, Holtz, Megan E., Odstr?il, Michael, Guizar-Sicairos, Manuel, Hanke, Isabelle, Ganschow, Steffen, Schlom, Darrell G., Muller, David A. (2021). Electron ptychography achieves atomic-resolution limits set by lattice vibrations. Science. 372(6544), 826-831.

Chevallard, Yves. (2013). Sobre a teoria da transposição didática: algumas considerações introdutórias. Revista de Educação, Ciências e Matemática, 3(2), 1-4.

Cokelez, Aytekin. (2012). Junior high school students’ ideas about the shape and size of the atom. Research in Science Education, 42(4), 673-686.

Crewe, Albert V., Wall, J., & Langmore, J. (1970). Visibility of Single Atoms. Science, 168(3937), 1338–1340.

Dalton, John. (1808). A New System of Chemical Philosophy: Part 1. Londres: Dawson.

Dalton, John. (1810). A New System of Chemical Philosophy, Part 2. Londres: Bickerstaff.

Driscoll, D. R. (1978). Comments on ionization. Journal of Chemical Education, 55(7), 465.

Ebbing, Darrell D. & Gammon, Steven D. (2007). General Chemistry. Boston: Houghton Mifflin Company.

Figueiredo, Cândido de. (2010). Novo dicionário da língua portuguesa. Recuperado de http://www.gutenberg.org/files/31552/31552-pdf.pdf

Froidevaux, Daniel, & Sphicas, Paris. (2006). General-purpose detectors for the Large Hadron Collider. Annual Review of Nuclear Particle Science, 56, 375-440.

Gomes, Henrique J. P., & Oliveira, Odisséa B. (2007). Obstáculos epistemológicos no ensino de ciências: um estudo sobre suas influências nas concepções de átomo. Ciências & Cognição, 12, 96-109.

Granger, Robert M., Yochum, Hank M., Granger, Jill N., & Sienerth, Karl D. (2017). Instrumental analysis. Oxford University Press.

Griffiths, A. K., & Preston, K. R. (1992). Grade?12 students' misconceptions relating to fundamental characteristics of atoms and molecules. Journal of research in Science Teaching, 29(6), 611-628.

Haider, M., Hartel, P., Müller, H., Uhlemann, S., & Zach, J. (2009). Current and future aberration correctors for the improvement of resolution in electron microscopy. Philosophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences, 367(1903), 3665-3682.

Haynes, William M. et al. (2017). CRC handbook of chemistry and physics. CRC Press.

Herron, J. D. (1975). What is oxidation? Journal of Chemical Education, 52(1), 51.

Herron, J. D. (1978). Response to "Are Chemical Terms Well Defined". Journal of Chemical Education, 55(6), 393.

Herron, J. D. (1979). Hey, watch your language! Journal of Chemical Education, 56(5), 330.

International Union of Pure and Applied Chemistry. (2014). Compendium of Chemical Terminology: Gold Book. Recuperado de https://goldbook.iupac.org/files/pdf/goldbook.pdf

Kotz, John C.; Treichel, Paul M.; Townsend, John R. & Treichel, David A. (2015) Química geral e reações químicas. São Paulo: Cengage Learning.

Lopes, Cesar V. M. (2009). Modelos atômicos no início do século XX: da física clássica à introdução da teoria quântica. Tese (Doutorado), PUC-SP; Brasil.

Loyson, Peter. (2010). Influences from Latin on Chemical Terminology. Journal of Chemical Education, 87(12), 1303–1307.

Melo, Marlene R., & Neto, Edmilson G. L. (2013). Dificuldades de ensino e aprendizagem dos modelos atômicos em química. Química nova na escola, 35(2), 112-122.

Melzer, Ehrick E. M., & Aires, Joanez A. (2015). A história do desenvolvimento da teoria atômica: um percurso de Dalton a Bohr. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas, 11(22), 62-77.

Melzer, Ehrick E. M., Castro, Leandro de, Aires, Joanez A., & Guimarães, Orliney M. (2009). Modelos atômicos nos livros didáticos de química: obstáculos à aprendizagem. In: ENPEC–Encontro Nacional de Pesquisa em Educação Em Ciências, 7. Florianópolis.

Melzer, Ehrick E. M., Simões Neto, José E., & da Silva, Flávia C. V. (2016). Analisando as pesquisas Envolvendo Transposição Didática de Conteúdos Químicos Publicadas no Brasil. Revista ENCITEC, 6(1), 100-114.

Moraes, Cinara A. (2017). As ligações entre os átomos e suas representações: dificuldades de futuros professores de ciências. In: XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1-10.

Mu?tu, Özlem E., & Özkan, Emin B. (2019). Determining the pre-service teachers' perceptions of atom and atomic structure through word association test. In: Asia-Pacific Forum on Science Learning and Teaching (Vol. 20, No. 1, pp. 1-29). The Education University of Hong Kong, Department of Science and Environmental Studies.

Nascente, Antenor. (1955). Dicionário Etimológico da Língua Portuguêsa (1a ed.). Rio de Janeiro: Jornal do Commercio.

Nascente, Antenor. (1966). Dicionário Etimológico Resumido. Rio de Janeiro: INL/MEC.

Neves, Bernardo R. A., Vilela, José M. C., & Andrade, Margareth S. (1998). Microscopia de varredura por sonda mecânica: uma introdução. Cerâmica, 44, 212-219.

Nobel Prize Outreach AB 2021. (2021). Press release. Recuperado de https://www.nobelprize.org/prizes/physics/1986/press-release/

Papageorgiou, George, & Sakka, Despina. (2000). Primary School Teachers’ Views on Fundamental Chemical Concepts. Chemistry Education Research and Practice, 1(2), 237-247.

Papageorgiou, George, Markos, Angelos, & Zarkadis, Nikolaos. (2016). Understanding the Atom and Relevant Misconceptions: Students' Profiles in Relation to Three Cognitive Variables. Science Education International, 27(4), 464-488.

Pardo, Juan Q. (2016). ¿Es el profesor de Química también profesor de Lengua? Educación química, 27(2), 105-114.

Parente, F. A. G., dos Santos, A. C. F., & Tort, A. C. (2013). Os 100 anos do átomo de Bohr. Revista Brasileira de Ensino de Física, 35(4), 1-8.

Pianigiani, Ottorino. (1907). Vocabolario etimologico della lingua italiana M-Z. Roma-Milano: ocietà editrice Dante Alighieri di Albrighi,

Quílez, Juan. (2019). A categorisation of the terminological sources of student difficulties when learning chemistry. Studies in Science Education, 55(2), 121-167.

Quílez-Pardo, Juan, & Quílez-Díaz, Ana M. (2015). Clasificación y análisis de los problemas terminológicos asociados con el aprendizaje de la química: obstáculos a superar. Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias, 13(1), 20-35.

Rutherford, Ernest. (1911). LXXIX. The scattering of ? and ? particles by matter and the structure of the atom. The London, Edinburgh, and Dublin Philosophical Magazine and Journal of Science, 21(125), 669-688.

Sá, Carmen S. S., Moreira, Bárbara C. T., & Varjão, Tatiana. (2013). Modelização do átomo: implementando e avaliando uma proposta didática. Enseñanza de las ciencias: revista de investigación y experiencias didácticas, (Extra), 934-940.

Santana, Rafael de J. (2010). Formação e atuação do professor de química: um estudo sobre a transposição didática dos modelos atômicos (Dissertação de Mestrado), Universidade Federal de Sergipe.

Santiago-Almeida, Manoel M. (2011). Minidicionário Livre da Língua Portuguesa. São Paulo: Editora hedra.

Schrödinger, Erwin. (1926). Quantisierung als eigenwertproblem. Annalen der physik, 385(13), 437-490.

Schultz, Adriana K., & Bonotto, Danusa L. (2020). Modelagem nas ciências e o desenvolvimento da alfabetização científica. I Simpósio Sul-Americano de Pesquisa em Ensino de Ciências, (1), Cerro Largo.

Silva, Thamyres R.; Dutra-Pereira, Franklin K.; & Santos, Maria B. H. (2019). Desenhos científicos no Ensino de Química: as concepções prévias dos alunos do ensino médio sobre os átomos. In: Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 12. Natal: 2019,

Tenfen, Danielle N., & Tenfen, Wagner (2017). O modelo atômico de Bohr e as suas limitações na interpretação do espectro do átomo de hélio. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 34(1), 216-235.

Thomson, Joseph J. (1904). XXIV. On the structure of the atom: an investigation of the stability and periods of oscillation of a number of corpuscles arranged at equal intervals around the circumference of a circle; with application of the results to the theory of atomic structure. The London, Edinburgh, and Dublin Philosophical Magazine and Journal of Science, 7(39), 237-265.

Tro, Nivaldo J. (2010). Principles of chemistry: a molecular approach. New Jersey: Pearson.

Viana, Hélio E. B. (2007). A Construção da teoria atômica de Dalton como estudo de caso–e algumas reflexões para o ensino de química (Dissertação de Mestrado), Universidade de São Paulo-USP. São Paulo.

Wedgwood, Hensleigh, & Atkinson, John. C. (1872). A dictionary of English etymology. Londres: Trübner & Company.

Zumdahl, Steven S. & Decoste, Donald J. (2015). Introdução à química: fundamentos. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

Downloads

Publicado

2024-09-02

Como Citar

Pegoraro, G. M., Mourato, A. de S., Carriello, G. M., Mambrini, G. P., & Santos Junior, J. B. dos. (2024). O Átomo é Visível? Detectável? Retratável? Uma Pesquisa sobre a Utilização e Concepção de Termos de Licenciandos das Ciências Naturais. Revista Debates Em Ensino De Química, 10(1), 399–417. https://doi.org/10.53003/redequim.v10i1.4893

Edição

Seção

Debates em Linguagem no Ensino de Química

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)