Aspectos Históricos e Perspectivas Futuras do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza EAD da UFRGS
DOI:
https://doi.org/10.53003/redequim.v10i2.7291Palavras-chave:
Professores de Ciências da Natureza, Matriz Curricular, Interdisciplinaridade, Formação DocenteResumo
O campo de conhecimento das Ciências da Natureza engloba um vasto conjunto de áreas dedicadas ao estudo da natureza e seus fenômenos em suas diferentes dimensões e perspectivas. É essencial que o futuro professor de Ciências vivencie experiências formativas de abordagem interdisciplinar dos conteúdos, para poder desenvolver tal princípio em sua prática docente na Educação Básica. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi analisar a matriz curricular do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza para os Anos Finais do Ensino Fundamental da UFRGS quanto às áreas disciplinares contempladas e aos princípios da interdisciplinaridade que o norteiam. O referido curso se destaca por ser o único na modalidade a distância, oferecido na região metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. Metodologicamente, realizou-se a análise documental do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), das súmulas e dos planos de ensino das disciplinas, utilizando categorias a priori relatadas na literatura. Verificou-se a presença de 11 categorias temáticas, com maior expressividade da carga horária para os conhecimentos de Geografia. Todavia o curso apresenta quatro eixos temáticos norteadores, além de outras atividades que demonstram o comprometimento com diversas questões da docência na Ciências da Natureza e da contemporaneidade. Sobre os princípios da interdisciplinaridade, verificou-se que há sua referência no PPC, mas carece de conceituação.Downloads
Referências
Alfonso, Elizabeth M. (2022). Um estudo sobre o curso de Licenciatura em Ciências da Natureza para os Anos Finais do Ensino Fundamental na modalidade a distância da UFRGS. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza para os Anos Finais do Ensino Fundamental. UFRGS.
ATLAS.ti. (2019). Guia rápido ATLAS.ti. https://atlasti.com/product/whats-new-in-atlas-ti-9/. Acesso em 6 de agosto de 2023.
Ayres, Ana C. M., & Selles, Sandra E. (2012). História da formação de professores: diálogos com a disciplina escolar de ciências no ensino fundamental. Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, 14, 95-107.
Bogdan, Robert., & Biklen, Sari K. (1994). Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e os métodos. Editora Porto.
Brasil. Conselho Federal de Educação (1979). Parecer n.º 81, de 12 de fevereiro de 1965: Currículos mínimos dos cursos de graduação (p. 563-564). Departamento de Documentação e Divulgação.
Brasil (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas.
Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação (2001). Parecer CNE/CP 9/2001: Diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União, 18 de janeiro de 2002, seção 1, p. 31.
Brasil. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno (2002a). Resolução CNE/CP 1, de 18 de fevereiro de 2002: Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União, 9 de abril de 2002, seção 1, p. 31. Republicada por incorreção do original no Diário Oficial da União, 4 de março de 2002, seção 1, p. 8.
Brasil. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno (2002b). Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002: Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Diário Oficial da União, 4 de março de 2002, seção 1, p. 9.
Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação (2015). Resolução nº 2, de 1 de julho de 2015: Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União, seção 1, p. 8-12.
Brasil. Ministério da Educação (2018). Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, DF.
Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação (2019). Resolução n.º 2, de 20 de dezembro de 2019: Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Diário Oficial da União, seção 1, p. 46-49.
Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação (2024a). Parecer CNE/CP nº 4/2024: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior de Profissional do Magistério da Educação Escolar Básica (cursos de licenciatura, de formação pedagógica para graduados não licenciados e de segunda licenciatura). Diário Oficial da União, 27 de maio de 2024, seção 1, p. 49.
Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno (2024b). Resolução CNE/CP nº 4, de 29 de maio de 2024: Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior de Profissionais do Magistério da Educação Escolar Básica (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados e cursos de segunda licenciatura). Diário Oficial da União, 3 de junho de 2024, seção 1, p. 26-29.
Charczuk, S. B., & Aragón, R. (2013). Interdisciplinaridade na educação a distância: uma leitura a partir da epistemologia genética. Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas, 5(2), 103-129.
Durli, Z., Archer, A. B., Gomes, D. E., Espíndola, M. B. de, & Borgatto, A. F. (2018). Sistema de autoavaliação de cursos de licenciatura na modalidade de educação a distância. Avaliação (Campinas), 23(2), 350-371.
Fazenda, Ivani C. A. (2008). Didática e interdisciplinaridade. São Paulo: Papirus.
Fonseca, Carlos V., & Santos, Flávia M. T. (2015). O curso de licenciatura em Química da UFRGS: Estudo da estrutura curricular e de aspectos constitutivos da formação docente. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 8(3), 81-111.
Grassi, A. (2004). Educação a distância: contribuições da comunicação social e concepção de interdisciplinaridade (Dissertação de Mestrado), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Kasseboehmer, Ana C., Corrêa, R. G., & Ferreira, Luiz. H. (2010). A formação do licenciado em Química: Um olhar sobre os cursos de formação inicial das instituições públicas do estado de São Paulo. In Anais do XV Encontro Nacional de Ensino de Química. Brasília.
Lago, W. L. A., Araújo, J. M., & Silva, L. B. (2015). Interdisciplinaridade e ensino de ciências: Perspectivas e aspirações atuais do ensino. Revista SABERES, 1(11), 52-63.
Leite, S. P. M. (2008). A interdisciplinaridade na ação de projetar ambientes virtuais de aprendizagem: o caso dos projetos do NUTED/UFRGS (Tese de Doutorado), Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Livramento, Gisele, Ribeiro, Daniel C. A., & Passos, Camila G. (2022). A formação inicial dos professores de Biologia no estado de Santa Catarina: controvérsias para a implementação da Base Nacional Comum Curricular no Ensino Fundamental de Ciências. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, 13(6), 1–25.
Lüdke, Menga, & André, Marli E. D. A. (2018). Pesquisa em educação: Abordagens qualitativas (2a ed.). São Paulo: E.P.U.
Massena, Elisa P. (2010). A história do currículo da Licenciatura em Química da UFRJ: tensões, contradições e desafios dos formadores de professores (1993-2005). Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em https://ppge.educacao.ufrj.br/en/teses/tese_de_doutorado_elisa_prestes_massena.pdf
Muenchen, Cristiane, & Sául, Tamine S. (2020). A interdisciplinaridade nas licenciaturas em Educação do Campo nas Ciências da Natureza: Possibilidades e desafios. Ensino em Re-Vista, 27(1), 203-227. https://doi.org/10.14393/ER-v27n1a2020-44135
Oliveira, Thaís A. L., Alves, Fernanda. I. M., Almeida, Mônica P., Domingues, Fernanda A., & Oliveira, André L. (2017). Formação de professores em foco: Uma análise curricular de um curso de licenciatura em Química. Revista ACTIO: Docência em Ciências, 2(2), 137-158.
Passos, Camila G., & Del Pino, José C. (2014). Reformulações curriculares do curso de licenciatura em Química da UFRGS : Influências, contextos e práticas. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 7(1), 209-234.
Pessoa, V. I. F. (2016). Currículo e interdisciplinaridade na formação de professores. Editora Edufac.
Pezzini, A. A., Grings, E. S., & Mallmann, M. T. (2001). Processo cooperativo interdisciplinar de construção de programa de capacitação de professores do ensino superior em EaD. Colabor@, 1(1).
Pombo, Olga (2008). Epistemologia da interdisciplinaridade. Ideação, 10(1), 9-40.
Reis, Rita C., & Mortimer, Eduardo F. (2020). Um estudo sobre licenciaturas em Ciências da Natureza no Brasil. Educação em Revista, 36, 1-13.
Rosa, Liane S. (2015). Os desafios na formação dos professores de Ciências para o Ensino Fundamental (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Rio Grande.
Salgado, Tania D. M., Moço, Maria C. C., & Silva, Maria T. X. (2019). Interfaces disciplinares no ensino de ciências: Uma perspectiva docente. Química Nova na Escola, 41(2), 200-209.
Slaviero, André, Ponzoni, Aline S., & Pazinato, Maurícius S. (2023). Vozes discentes do curso de Licenciatura em Química da UFRGS: Uma análise sobre a perspectiva curricular. Química Nova, 46(9), 931-940.
UFRGS (2017). Projeto pedagógico do curso de graduação Licenciatura em Ciências da Natureza para os Anos Finais do Ensino Fundamental - Modalidade a Distância. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. https://www.UFRGS.br/cienciasdanatureza/wp-content/uploads/2017/11/ProjetoPedagogicoCienciasDaNatureza.pdf. Acesso em 4 de setembro de 2024.
Umbelino, Moacir, & Zabini, Franciele. O. (2014). A importância da interdisciplinaridade na formação do docente. Seminário Internacional de Educação Superior, 1.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Elizabeth Muriel Alfonso, André Slaviero, Camila Greff Passos, Maurícius Selvero Pazinato
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A REDEQUIM utiliza da Licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
